Jovens psiquiatras contam suas histórias como voluntários na linha de frente da pandemia

Uma série de tuítes publicada por uma jovem residente de psiquiatria no meio da pandemia de covid-19 (sigla do inglês, Coronavirus Disease 2019) foi estoica, direta e comovente.

Dra. Sofia Noori


“Sou médica, tenho 30 anos. Eu ia me casar no mês que vem. Estou trabalhando como voluntária para tratar pacientes com covid-19 na linha de frente”, tuitou a Dra. Sofia Noori, médica residente do terceiro ano de psiquiatria na Yale School of Medicine, nos Estados Unidos.


“Meus colegas precisavam de ajuda e eu não vou decepcioná-los”, continuou ela. “Cancelei meu casamento. E, em vez disso, escrevi meu testamento.”

A Dra. Sofia estava há alguns dias trabalhando num esquema de rodízio de duas semanas ajudando na unidade de covid-19 do hospital. Ironicamente, contou, ela estava mais ansiosa antes de ser realocada do que quando realmente chegou lá.

“Quando ficamos sabendo sobre a possibilidade de nos voluntariarmos para ajudar, eu senti que era meu dever fazê-lo. Isso me ajudou a encontrar significado em toda essa pandemia louca pela qual estamos passando e realmente me acalmou”, disse a Dra. Sofia ao Medscape.

“Foi bom saber que todos nós, por mais específica que seja a nossa especialização, ainda temos o conhecimento essencial para ajudar as pessoas”, acrescentou.

A Dra. Sofia é apenas uma dentre os muitos jovens psiquiatras que se voluntariaram para trabalhar na linha de frente da pandemia de covid-19. Fazer isso, segundo eles, os deu uma nova compreensão sobre a medicina – e sobre si mesmos.

A Dra. Isobel Rosenthal “estava no começo” da carreira como residente de psiquiatria quando sua rotação de clínica geral se tornou a de covid-19 no Mount Sinai Hospital, em Nova York, nos EUA. O rodízio durou seis semanas.

Se houver outra onda de casos no futuro, a Dra. Isobel disse que vai se voluntariar novamente.

“Eu não previ a minha carreira se direcionando para o atendimento primário durante uma pandemia, mas me senti apoiada e empoderada pela minha equipe. Embora a experiência tenha sido difícil, eu escolhi ser médica e, se houver necessidade, eu volto”, disse ela ao Medscape.

A próxima leva de médicos na linha de frente

De acordo com Dr. Joshua Gordon, médico e diretor do National Institute of Mental Health, “especialmente os residentes de psiquiatria, mas também os psiquiatras de forma geral, estão desempenhando todos os tipos de trabalho no hospital” durante esse período, inclusive ajudando nas unidades de terapia intensiva (UTI), nos serviços de emergência e em outros setores.

Fonte: Medscape – https://portugues.medscape.com/verartigo/6505050?nlid=136515_4240&src=WNL_ptmdpls_200722_mscpedit_psyc&uac=389428ET&impID=2471512&faf=1 . Acesso em: 15 julho de 2020.

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